16 Março, 2017 15:22

Evangelina inaugura os primeiros leitos estruturados da Rede de Atenção Psicossocial

CCOM
LEITOS DE RAPS

*Por Astrid Lages

Durante visita do secretário de Estado da Saúde, Francisco Costa, a Maternidade Dona Evangelina Rosa (Mder) inaugurou nesta manhã de quinta-feira (16) os primeiros leitos estruturados da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) do Estado. O serviço vai contemplar pacientes com sofrimento mental e com necessidades de saúde, como por exemplo, os decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas, que serão acolhidas por uma equipe multiprofissional que oferecerá atenção diferenciada, estruturada e qualificada.

Considerando a necessidade de uma assistência humanizada na Unidade Hospitalar e como estratégia facilitadora, foram habilitadas duas enfermarias, seis leitos ao todo, na Ala E da Evangelina, que serão ocupadas por pacientes que tiverem esse perfil. "A Política de Atenção Psicossocial vem buscando ter o foco especial através da Raps e aqui na Maternidade, pela sua tradição e comprometimento de toda sua equipe, de querer melhorias para o atendimento da saúde, bem como pela demanda significativa de mulheres que precisam desse tipo de acompanhamento, está iniciando esse trabalho”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Francisco Costa, reforçando o trabalho conjunto entre a gestão da Mder com a equipe de Saúde Mental da SESAPI para viabilização da entrega dos leitos. Costa anunciou também a expansão da Rede para outras Unidades Hospitalares, como Hospital da Polícia Militar (HPM), Hospital Getúlio Vargas (HGV), além de alguns pontos de Atenção do interior do Estado.

Para o diretor técnico da Mder, médico Marcos Bittencourt, trata-se de mais um dia importante para Maternidade por toda sua história de pioneirismo. “A política de saúde mental vem estruturando o acesso dos portadores de transtornos mentais aos direitos sociais e trazendo conceitos essenciais para estabelecer um cuidado cada vez mais próximo das características preconizadas pela Reforma Psiquiátrica Brasileira no atendimento em saúde mental e que apresentam necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas”, explicou.  
 
Os leitos serão referenciados com o fluxo da Rede Cegonha com a atenção contínua nos Centros de Apoio Psicossocial (Caps). Segundo a Gerente de Saúde Mental do Estado, Gisele Martins, será desenvolvido um projeto terapêutico individual institucional através de uma equipe de médicos psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e profissionais da enfermagem que vão fazer o acompanhamento enquanto estiver no leito e após a alta hospitalar será referenciada para um fluxo de continuidade do atendimento nos CAPS e Unidades de Acolhimento. “Esses profissionais irão prestar serviço humanizado, de qualidade a todas as gestantes e puérperas que tiverem esse perfil, bem como a seus familiares”, destacou a coordenadora da Raps na Mder, enfermeira Bárbara Paz.