Evangelina: Projeto que acolhe mães com recém nascido em tratamento de sífilis congênita completa um ano

*por Astrid Lages

Criado há um ano na Maternidade dona Evangelina Rosa (Mder), O Projeto Permanecer, que como objetivo desenvolver ações de sensibilização sobre sífilis congênita e fortalecer atitudes de adesão ao tratamento, minimizando os sofrimentos decorrentes da hospitalização prolongada, realizou na última terça(26).  evento em alusão às ações do Projeto desde que foi criado.

Durante o evento, organizado pelo Núcleo Permanentes e Práticas de Saúde, (NEEPS) , foram realizadas apresentações dos resultados alcançados.  A gerente de epidemiologia da fundação Municipal de Saúde, dra. Amparo Salmito proferiu palestra sobre Sífilis e Sífilis. Segundo ela, a importância do Projeto é relevante, especialmente com o treinamento -  sobre sífilis na gestação e no bebê e no homem - com equipe que está à frente do trabalho. “ tudo isso é um processo que deve continuar para que se possa cuidar de uma doença que é milenar, mas ainda não possui vacina”, disse Salmito ressaltando que existe tratamento para a sífilis. “ É fácil de tratare deve contemplar toda a família”, completou.

O Projeto permanecer trabalha, dentre outras ações, com informações sobre a importância da continuidade do tratamento após a alta da Maternidade, promove reflexões sobre a prevenção em gestações posteriores e  aponta os riscos do não tratamento. Além disso, o trabalho onde atuam enfermeiros (as), médicos (as), psicólogos ( as) e assitentes socais da Evangelina, acompanha as demandas decorrentes de internação prolongada e dos sentimentos decorrentes do tratamento do bebê.

Após o tratamento na Evangelina, as crianças fazem o acompanhamento trimestral nas suas respectivas Unidades de Saúde, até completar 18 meses com resultados negativos, que assegura a cura total da doença na criança. A metodologia adotada é a identificação dos casos com visitas diárias para informar quem são as mães que têm a doença e quais os bebês que terão que ser submetidos ao tratamento.

 

Casos de Sífilis
O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) fez um levantamento e constatou um aumento nos casos de sífilis no Piauí, fato que também está ocorrendo em todo o país e em algumas partes do mundo. A doença, em uma mulher gestante, pode ser transmitida ao bebê, sendo considerada uma sífilis congênita. As repercussões podem ser leves ou graves nos recém-nascido. 

Em 2018, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), foram registrados, no estado, 817 casos de sífilis, um aumento que quase o dobro em relação ao ano de 2017, quando foram contabilizados 416 casos.