22 Dezembro, 2016 15:50

Maternidade Dona Evangelina Rosa previne epidemias com acompanhamentos diários

Elis Pegado
Equipe Núcleo Hospitalar de Epidemiológica (NHE)

Elis Pegado 

Notificar e monitorar casos suspeitos e/ou confirmados de doenças de notificação compulsória é uma das formas dos Núcleos de Vigilância Epidemiológica combater e prevenir grandes epidemias. Na Maternidade Dona Evangelina Rosa, o trabalho é realizado diariamente pela equipe do Núcleo Hospitalar de Epidemiológica (NHE), que atua sob a regência de Portarias e Normativas do Ministério da Saúde.

O núcleo desenvolve diversas funções, entre elas, coleta de dados, processamento de dados coletados, análise e interpretação dos dados processados, recomendação das medidas de prevenção e controle apropriadas, promoção das ações de prevenção e controle indicadas, avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas e divulgação de informações pertinentes.

A coordenadora do Núcleo, Maria Elizabeth Gonçalves, explica que é de caráter obrigatório a notificação, de doenças, agravos e eventos de saúde pública constantes da Portaria nº 204, de 17 de fevereiro de 2016 do Ministério da Saúde, e que consiste na comunicação às Secretarias Estaduais (SES) e Municipais de Saúde (SMS) de casos suspeitos e/ou confirmados. “A notificação deve ser feita por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, visando à adoção das medidas de controle pertinentes. Através da notificação vamos monitorar os casos, fazer avaliações, exames e evitar que a doença se espalhe, caso seja confirmada”, explica.

Ainda segundo Elizabeth, desde sua implantação na Maternidade o número de agravos teve uma melhora significativa no controlo das doenças, por ser possível detectar qualquer tipo de doença, fazendo intervenção ainda no tempo oportuno. “Para tomada de decisões sobre as ações de redução da morbidade e mortalidade materno-infantil é necessário o conhecimento dos agravos. Esse princípio deve reger as relações entre os responsáveis pela vigilância e as diversas fontes que podem ser utilizadas para o fornecimento de dados, como UTI’s, laboratórios, postos de serviço, dentre outros”, comenta.

O Núcleo Hospitalar de Epidemiologia da MDER desenvolve várias atividades, como investigação de óbito infantil e materno, notificação e investigação de doenças de notificação compulsória e agravos de relevância ao binômio mãe-filho, alimentação de sistemas SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) e SIM (Sistema de Informação de Mortalidade), revisão dos prontuários do SAMVVIs (Serviço Atenção às Mulheres Vítimas de Violência Sexual), busca ativa diária em laboratório, reunião com CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar), NSP (Núcleo de Segurança do Paciente), equipe técnica de enfermagem e laboratório e educação continuada.

Para que as ações de prevenção e combate às doenças de notificação compulsória sejam efetivadas, Elizabeth enfatiza que é essencial que os núcleos de vigilância comuniquem e repassem os dados e informações coletadas para Vigilância Epidemiológica do Município e Estado. “As informações repassadas servem para montar os planos de ação e prevenção. A parti daí, devem ser acompanhados por seus municípios de origem”, salientou.