19 Maio, 2018 15:42

Plano de trabalho para Maternidade Dona Evangelina Rosa é apresentado na Câmara Municipal de Teresina

 

Com cerca de 90% de ocupação em todos os leitos e aproximadamente 100%, quando se analisam os dados referentes às unidades de tratamento intensivo, a Maternidade Dona Evangelina Rosa, referência em alta complexidade materno-infantil, é a maior unidade obstétrica do Estado do Piauí. É para lá que são encaminhadas as mulheres com gestação de alto e médio risco e ainda aquelas de risco habitual.

Somente no ano passado, foram 11.966 partos realizados, de pacientes tanto da capital, mais de 50%, como do interior e Estados vizinhos. Por ser uma unidade especializada nos cuidados intensivos e pela grande demanda, a Câmara  Municipal de Teresina realizou ontem , 17, uma audiência pública para debater o funcionamento da unidade, momento em que foi apresentado o plano de trabalho e as ações já feitas para a melhoria contínua na assistência.

Na descentralização da saúde, colocou-se como prioridade abertura de novos servidos no interior do Estado, o que impacta de forma significativa  nas transferências do interior para capital., como explicou o superintendente de Assistência à Saúde, o médico Alderico Tavares, que na audiência representou o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto. “A rede hospitalar melhorou bastante no interior do estado. Caminhamos no projeto certo, estamos instalando novos equipamentos e ofertando novos serviços nesta área em Floriano, Picos, Parnaíba, São Raimundo Nonato e Piripiri, com estruturas como Casa da Gestante, Centro de Parto Normal, UTI adulto e neo natal, essa estrutura certamente diminuem o referenciamento de pacientes para a capital”, avalia.

Essa estratégia de fortalecimento do serviços em alta complexidade também é adotada na Maternidade, nesse caso, consolidando a unidade referência, por meio de melhorias no processo de trabalho, qualificação profissional, aquisição permanente de insumos e medicamentos, além de equipamentos de última geração, como os que foram entregues recentemente pelo Renova Saúde,  35 bombas de infusão, 20 monitores multiparâmetro, dois aspiradores de secreção elétrico móvel, eletricocardiógrafo, coposcópio, 14 incubadoras microprocessadas para cuidados intermediários e seis aparelhos para fototerapia.


O diretor da Maternidade Dona Evangelina Rosa, Francisco Macedo, disse que a Maternidade se fortalece cada vez mais como referência em alta complexidade. Apesar de todos os esforços, maiores cuidados devem haver para que a mulher tenha um pré-natal adequado, competência dos municípios, o que leva a um acompanhamento onde possam ser detectadas possíveis gravidades e assim fazer as intervenções necessárias, evitando o óbito infantil. referindo-se ao número de óbitos. “A análise dos dados não pode ser feita de forma aleatória, porque quando comparamos períodos iguais, é possível ver que não houve aumento de óbitos, mas sim uma queda neste indicador. Em 2016 do total de 12.217, partos, tivemos 283 com óbitos, o que corresponde a 2,32%. Em 2017, do total de 11.966 partos, 260 foram com óbitos, uma taxa de 2,17%. Além disso, cerca de 90,17% dos óbitos registrados no estado ocorrem durante a primeira semana de vida do bebê, indicador que também estar diretamente ligado à atenção básica, ao pré-natal, afirma.

Para o vereador Luís Lobão, autor da proposição da Audiência Pública na Câmara, que também é servidor da Maternidade, a audiência pública serviu para debater os problemas existentes, afirmando que é hora de somar esforços, sociedade e todos os níveis de governo, vez que indicadores como mortalidade infantil não podem ser credenciados apenas ao atendimento de uma maternidade, mas sim em todas as fases de atendimento à mãe e ao bebê. “Teresina tem mais de 90 Unidades Básicas de Saúde que deviam prestar um pré-natal de qualidade. Se não houver parceria entre os dois níveis de governo, fundação Municipal de Saúde de Teresina e a Secretaria de Estado da Saúde, já mais poderemos resolver esses problemas, afirma o vereador.

 

Fonte: ASCOM/ SESAPI